Durante o mês de abril e maio foram feitas visitas a algumas escolas participantes do Programa UCA em Santa Catarina. Nestas visitas, além de poder trocar experiências com as escolas, percebemos suas dificuldades, anseios, desejos, expectativas quanto ao Projeto e à formação.
Vamos a um pequeno relato dos principais temas abordados em cada uma das escolas visitadas:
- Agrolândia: Passamos duas horas conversando com os profissionais da Escola Adolfo Hedel. O tema inicial foi a formação e as dificuldades de tempo que professores sentem tanto para os encontros de planejamento, assessoria e avaliação, quanto para a propria formação. Possibilidades de uso do uquinha também foi outro tema bastante debatido. Ouvimos os relatos dos professores, os projetos em execução.
- Joinville: Na Escola Francisco Eberhardt, em meados de abril, ouvimos primeiramente o relato da dificuldade em establecer a conexão com a Internet, apesar dos muitos esforços da equipe de profissionais da Escola e do NTE. Discutimos também sobre as possibilidades da migração para o UBUNTU. Em seguida fizemos uma reunião com os professores que onde apresentamos as diretrizes da formação à Distância e ouvimos sobre como estão usando os Uquinhas e também sobre as dificuldades relativas à sua performance. Conversamos bastante sobre possibilidades de uso e a mensagem final que ficou para todos foi a de que, a implantação da modalidade "um por um" é complexa e vai requerer tempo e paciência histórica. Não a paciência do imobilismo, mas a paciência de quem não desiste frente as dificuldades, de quem as analisacom objetividade e assim vislumbra o espaço real das possibilidades de mudançla.
- Caçador: A visita a Escola Esperança em Caçador-SC no dia 16/05/2011 foi muito gratificante mais uma vez. É sempre bom estar presente nas escolas pois o contato pessoal, nesta fase do programa, traz uma maior confiança. Nesta escola as crianças e professores e professoras já estão usando os laptops em algumas aulas utilizando jogos e editor de texto por exemplo. Segundo relatos das professoras todos estão motivados com o programa UCA. A troca do sistema operacional para Ubuntu que foi disparado nesta ocasião, e com o avanço das crianças na aprendizagem, na concentração nas atividades propostas com o laptop, na cooperação entre os alunos. Os profissionais atuantes nesta escola também estão ficando alguns dias após seu horário de aula para aprender a utilizar os computadores e programas na área educacional. Todas as salas de aula possuem inúmeras tomadas de energia e a rede Internet está funcionando muito bem. Ainda até este momento optaram por não enviar os laptops para casa.
- Chapecó – Em Chapecó, na visita a Escola Sonia Zani, conversamos com os professores e com os gestores, esclarecendo dúvidas sobre a formação e sobre a possibilidade de migração para o UBUNTU. Os professores manifestaram que a maior dificuldade sentida é a gestão do tempo. Não há tempo hábil para realizar os encontros de planejamento e avaliação necessários a tão complexo processo. Na visita aproveitamos também para analisar as condições de instalação do servidor UCA que demanda uma reconfiguração da rede elétrica
- Herval do Oeste: Em Herval também tivemos a oportunidade de conversar com todos os envolvidos esclarecendo dúvidas sobre a formação e sobre a possibilidade de migração para o UBUNTU. Conhecemos uma iniciativa interessante para a recarga dos laptops imaginada na própria Escola e NTE. Todos estão animados e na conversa com os professores foi solicitado que a formação encaminhe sugestões de atividades com o uso dos laptops – já providenciamos na continuidade do módulo I.
- Brusque: Na Escola Padre Theodoro Becker a formação dos professores e professoras esta sendo realizada de forma continua com o acompanhamento e apoio dos formadores da escola, pertencentes ao Espin. Os mesmos realizam reuniões de formação com os professores, assim como oferecem ajuda na realização da formação a distancia no e-proinfo. Assim também, os professores e professoras, através da proposta dos formadores da escola, registram suas práticas de ensino utilizando os computadores, as quais são socializadas através do site da escola (assim como no blog das escolas do programa), o qual é administrado pelos mesmos formadores. Pode-se perceber o trabalho dos professores e professoras por criar e utilizar propostas de ensino que incluíam o computador nas aulas. Também, pode se notar a presença dos alunos neste processo, já que os formadores da escola também desenvolvem o espaço de formação para o uso dos uquinhas, junto a um grupo de alunos monitores.
- São Bonifácio: Na Escola São Tarcísio os trabalhos sofreram atrasos em razão de uma reforma na escola. Então as atividades da formação a distância ainda não haviam começado em meados de Abril. No entanto projetos e atividade envolvendo o uso do UCA já acontecem independente da Formação Pro-UCA.
- Colégio de Aplicação da UFSC: Foram realizados diferentes encontros com os professores e professoras dos diferentes níveis de ensino. Nesses encontros foram discutidas as primeiras experiências e impressões com a chegada dos uquinhas na escola, assim como foram apresentados alguns conceitos relacionados a mídia-educação e ao uso das tecnologias na educação. Além disso, foram realizadas diferentes oficinas de formação dirigidas a apropriação do sistema ubuntu, uso de alguns aplicativos do sistema, uso de blogs e do google docs. As mesmas, foram realizadas tendo em conta o interesse dos professores de ter propostas de utilização do computador nas aulas e se desenvolveram num ambiente de troca de dúvidas e descobertas muito legal entre os professores.
De acordo com Antônio Nóvoa "Educar é abrir as crianças e não fechá-las. Abrir nos seus gostos, nas suas culturas de origem, nas suas redes de amigos, etc".
Pensar na utilização dos laptops em sala de aula é muito mais do que o professor preparar uma sequência didática que o utilize, pois há muitas outras coisas a serem pensadas e planejadas. Há todo um deslocamento de papéis, onde quem ensina e quem aprende é o coletivo, e para esta mudança alguns professores ainda não se sentem preparados. Desta forma, precisamos trazer novas metodologias para a sala de aula.
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