segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Visita às escolas do Estado (1/3)

A equipe do ProUCA-SC encerra esta semana a primeira rodada (de três planejadas) de visitas à todas as escolas participantes do Programa no Estado. Na pauta, estavam o encontro realizado em Florianópolis, o andamento das atividades do e-Proinfo e a avaliação deste piloto - incluindo a formação a distância - e a proposta das escolas irmãs. Como era esperado, os encontros com professores e gestores foram muito esclarecedores.

No Estado como um todo, percebeu-se que o I Encontro das Escolas trouxe novo fôlego às pessoas e suas ações realizadas nas escolas. As dúvidas, receios e curiosidades compartilhados nesse espaço auxiliaram, e muito, a compreender este piloto e como afetou o cotidiano escolar:
  • Os alunos mostram-se mais interessados na matéria quando utilizam os laptops para realizar as atividades: como aproveitar esse potencial?
  • O planejamento escolar deve contemplar novas tecnologias e mídias, a dinâmica das aulas com novos recursos, a tecnologia como promotora (ou dificultadora) do ensino-aprendizagem. O que e, principalmente, quem já mudou e precisa mudar?
  • Quem deve dominar a tecnologia? Que novos papéis emergiram - e se tornaram importantes ou mesmo essenciais - na escola?
Além do encontro, houve também uma reunião em Brasília com os coordenadores regionais do Programa. A profª Edla participou do evento, onde o Ministério demonstrou interesse no retorno dos alunos virtuais quanto à qualidade da Formação Brasil, o que era uma necessidade da equipe de formação. Um questionário foi elaborado e publicado aos professores e gestores.

Assim, aproveitando o momento, iniciaram as visitas.

Ficou claro que a formação apenas a distância se mostra insuficiente. Esse foi um dos apontamentos mais comuns nas escolas: a necessidade do encontro presencial, da discussão, do debate e, principalmente, tempo para fazê-lo. E para reunir as pessoas em um espaço propício, outra recomendação: de tornar tais atividades como parte oficial da formação. A leitura, embora vista como positiva, careceu de reflexão posterior, em geral por falta de mais tempo do professor, cuja carga horária é bastante pesada, bem como uma correlação maior entre teoria e prática. As atividades que requereram a aplicação de algo prático foram muito positivas e trouxeram resultados imediatos, segundo os professores. A divulgação e aplicação de atividades possíveis em sala de aula, assim como já existem no Portal do Professor, devem estar mais presentes na formação.

Se a tecnologia não ajudar, ela pode atrapalhar. O sistema Metasys foi bastante criticado, não só pela sua usabilidade, mas também pelas limitações de expansão (instalação de novos aplicativos) e de atualização (aplicativos antigos). A própria plataforma Web, além de instável e em alguns casos fora do ar, apresenta dificuldades de navegação, em especial no ambiente e-proinfo. Assim, foram elaborados vídeos explicativos sobre as ferramentas do e-Proinfo a fim de auxiliar o uso. A utilização concomitante dos laptops em várias salas, contíguas ou não, e o carregamento das baterias foram dois novos problemas de logística introduzidos nas escolas, em especial aquelas que optaram por manter os Uquinhas nas escolas.
Aliás, uma questão bastante recorrente é levar e usar latop em casa, seja pelos alunos ou mesmo os professores. As ações governamentais paralelas, como o Plano Nacional de Banda Larga, podem ajudar, mas precisam se adiantar: a demanda é urgente e crescente. E ainda falando de políticas governamentais, a questão dos ACTs mais uma vez se mostra crítica: como formar novos professores, quando a rotatividade é grande, chegando em alguns casos a 70%?

Apesar de bastantes semelhanças nas falas, algumas iniciativas chamaram a atenção da equipe: inovação (da aplicação da provinha Brasil nos Uquinhas em Herval D'Oeste e São Bonifácio, por exemplo), atitude positiva (término antecipado das atividades da formação em Jaraguá do Sul) e muitas outras relatadas. Isso demonstra que a proposta de escolas irmãs só tende a contribuir.

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